
LLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL...
é assim que as histórias de muitos relacionamentos tem sido
escritas! Quando insistimos em uma mesma tecla que já está gasta e já não forma
mais palavras inteiras, apenas a velha insistência em fazer com que faça algum
sentido. Mesmo que a tecla seja o “K” e você pense que está tudo muito
divertido, na verdade está cansativo, monótono e sem futuro.
Sabe quando o machucado está formando uma casquinha, feia,
meio asquerosa, mas que mostra que o que machucava está sendo coberto? Às vezes
você não resiste àquela tentação de tirá-la e corre pra procurar um band-aid
outra vez, pra tampar o ferimento que já estava cicatrizando. Outras vezes nem
tirou a casquinha porque quis, foi só se enxugar e passou a toalha forte
demais, e de repente, distraidamente percebe que voltou a sangrar, voltou a
doer, como quando vê uma foto, recebe uma mensagem.
Parece que faltou nas aulas de português em que ensina que um
parágrafo muito longo, sem ponto final, se torna confuso e desinteressante. Você
insiste em colocar vírgulas sem fim, enquanto o outro autor dessa história está
fazendo um ponto final com caneta Pilot preta – Pincel Anatômico 1100 – Tinta Permanente.
E não falo apenas de relacionamentos amorosos, muitas
amizades já deram o que tinham que dar, já te trouxeram muitos benefícios, mas
agora é só uma canseira sem fim, uma via de mão única! Você manda mensagens
insistentes, tentando marcar um encontro, uma visita, uma saída, um chat pelo
Skype, mas a reposta não vem ou quando vem, é negativa. Vem em forma de
desculpas que você já não engole mais. Tem tudo pra respirar fundo e jogar pro
alto, se apegar às coisas boas que passaram, mas entender que passaram! Mas
não, passa uma semana, um mês e seu orgulho de manter velhos amigos te faz
mandar mais uma mensagem que vai ser respondida falando sobre a correria e
falta de tempo.
Nosso psicológico não foi treinado para aceitar perdas numa
boa. Mas enquanto batemos numa tecla velha, perdemos tantas oportunidades de
sermos felizes. Não fazemos uma viagem porque talvez fulano vá em um barzinho
no mesmo final de semana. Faltamos no happy com o pessoal do serviço esperando
que aquela amiga confirme o rolê de logo mais, mas faz três dias que ela não
responde suas mensagens e nem atende às ligações. Dizem que o amor é cego, mas
eu acho que é a insistência em um amor falido que nos fecha os olhos. Não te
permite enxergar outros “e ses”. Enquanto você insiste em olhar só pra noite,
perde um belo pôr-do-sol do outro lado!
E além de cegar, parece que também te faz perder a memória,
a noção e os sentidos. Te tira os pés do chão, mas em uma rasteira que te faz bater a cabeça. E não meu bem, nenhum príncipe
encantado ou guerreira valente vai vir te dar um beijo pra te acordar... no
máximo um “anão-amigo” te dará uma mão, enquanto usa a outra para te dar tapas
na cara.
Interessante é que quando pensei nesse tema, ontem, antes de
dormir, pensei em algumas pessoas, algumas histórias, alguns status com indiretas
deprimentes no Facebook e hoje acordei com a newsletter de um dos meus blogs
favoritos abordando o mesmo assunto e vi no Face a atualização de outro blog
falando sobre a mesma coisa... acho que é uma tendência! Quase tão insuportável
quanto os sneakers.
Se ame mais e se cuide mais... e abra seus olhos porque o tempo
tá passando, o mundo tá andando e você não está vendo!