segunda-feira, 28 de julho de 2014

Seja você... a não ser que você seja chato, aí seja outra pessoa!

Não sei direito como anda o aumento do PIB, como está o nível de aprovação do governo Dilma, também não sei como andam as intenções de votos, não tenho certeza se a mortalidade infantil diminuiu, não faço ideia das estatísticas que envolvem o nosso país, mas sei, tenho certeza, absoluta, que o nível de chatice das pessoas aumentou!
 
Antes dessa globalização toda éramos impactados somente pela chatice das pessoas que estavam

próximas. Aguentávamos aquela vizinha que reclamava das crianças que jogavam bola na rua ou aquele outro vizinho que gostava de ouvir forró no último volume em pleno domingo na hora do futebol. Virávamos os olhos para aquela colega de escola que tinha aquela borracha colorida que trocava a ponta e tinha cheirinho de chicletes e que esfregava-a na fuça das crianças recalcadas e desprovidas de dinheiro para coisas supérfluas. Sorríamos para aquele amigo do nosso pai que nos dava um beijo melado e deixava nossa bochecha com mais baba que boca de boxer e depois corríamos para o banheiro no primeiro momento de distração dos adultos. Aguentávamos o apertar de bochechas daquela tia que víamos uma vez por semestre. Mas hoje a chatice de uma pessoa que mora em Hong Kong nos atinge diretamente. E somos todos chatos! Os chineses, americanos, argentinos, eu e você!
 
Cada um é inconveniente de uma forma! Eu sou insuportável quando o assunto é comida. Seja por pura chatice por não comer nada, seja por ser nojentinha em dividir as coisas. Sou mimada e sou inconveniente quando faço piadas com uma pessoa que mal conheço por força do hábito. Publico coisas desnecessárias no Facebook e posto muitas fotos minhas com legendas engraçadinhas, mas que fica na cara que é só pra divulgar a foto que achei que estava bacaninha.
 
E as redes sociais escancararam as características das pessoas, inclusive - principalmente - a chatice!
 
E como os extremistas são chatos! Tem os religiosos que querem defender sua convicção e ser advogado de Deus mas fazem isso de forma errada, julgando as pessoas e se julgando melhores que elas. Tem os que não acreditam em nada e desmerecem e colocam em dúvida a inteligência daqueles que acreditam. Tem aqueles que dão o sangue, o caráter, o bom senso e o bom convívio com os demais em favor de um partido político. Tem os vegetarianos, que são chatos pelo simples fato de não comerem carne e continuarem vivendo! Tem os que vivem de dieta e olham a caloria de uma azeitona (e se você é um chato desse tipo, tenho certeza que pensou “mas azeitona é supercalórica!” Jura? Dane-se!), aqueles que querem ter opinião sobre tudo e uma opinião absoluta, que não existe nada além dela, nenhuma outra possibilidade, aqueles que querem ser legais com todo mundo, os que vivem de bom humor e são mais empolgados que animadora de excursão infantil, os que sempre tem um ditado e frase de efeito para aconselhar, aqueles que querem ser amigo de uma forma forçada, que chamam pelo apelido quando não sabem nem o sobrenome, as feministas, os machistas, os 100% negros, 100% gays, 100% vá se preencher com outras coisas...
 
Acho que toda característica de uma pessoa que se torna excessiva vira chatice: Pessoas muito carentes, pessoas muito auto-suficientes, pessoas muito doces, pessoas com excesso de sorrisos, pessoas muito prestativas, pessoas muito organizadas, pessoas muito inteligentes, pessoas muito tapadas, pessoas ricas, as que são vítimas de tudo, as muito apaixonadas, as muito arrumadas, as muito desencanadas, pessoas extremamente diretas, extremamente sinceras... Tudo precisa de um tempero, de um equilíbrio, inclusive os legais, que são tão legais que se tornam chatos!
 
Os que são chatos de vez em quando são inofensivos e normais, mas tem gente que parece que está numa competição com o Faustão!
 
Nas redes sociais é muito fácil evitar essas pessoas e parar de se estressar: clique em “cancelar amizade”, “deixar de seguir”, “denunciar esse perfil como sendo impróprio para seres humanos normais” e na vida real também não é muito difícil! Basta sorrir e acenar!
 
Mentira, isso não resolve... se você não tem coragem de cortar relações, se não é possível evita-la, seja mais chato que a pessoa nos encontros inevitáveis! Fale alto, cuspindo, fale com as mãos, não fazendo gestos, mas pegando na pessoa, chacoalhando o braço dela enquanto conta uma receita de gelatina, conte uma história bem rápido de forma que ela não entenda e gargalhe no final, dando tapinhas amistosos nas costas do ouvinte, não permita que a pessoa conclua uma história ou comentário, sempre a interrompa mudando de assunto... e se você faz isso por vontade própria, você é chato pra caramba! As pessoas que ainda são seus amigos devem estar ganhando um salário da sua mãe para não te deixar sozinho na vida!

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Nasceram grudadas?

Atenção: Esse post tem como objetivo desvendar um mistério que tem assolado a humanidade desde que inventaram o banheiro privativo. É baseado em fatos e em uma pesquisa séria a todos os campos férteis da minha mente. Estou respaldada pela ciência filosófica de botecos para todas as conclusões a seguir.



Duas perguntas tem assombrado a cabeça das pessoas desde os primórdios quando se trata do sexo oposto: Porque os homens coçam o saco? E porque as mulheres não vão sozinhas ao banheiro? Como eu não posso responder à primeira pergunta e desconfio que a resposta seja tão simples quanto os possuidores do instrumento coçado – coçam simplesmente porque está coçando – me proponho a revelar esse segredo do sexo disfarçadamente frágil!



Tão “simples” quanto as mulheres, esse questionamento tem umas 82 possíveis respostas, mas acho que tem a ver com a função que a mulher desempenhava na pré-história: a de ficar na caverna, cuidando dos guris e não deixar nenhum mal acontecer! O homem que saía à caça do alimento! E quando eu estou em um ambiente que não conheço, não me sinto bem em sair pelo estabelecimento trançando as pernas de vontade de fazer xixi e caçando uma plaquinha com uma boneca desenhada – isso quando os lugares não tem a brilhante ideia de inovar e fazem um desenho abstrato na porta do banheiro. Por isso chamo uma amiga para passear comigo enquanto, disfarçadamente, eu procuro, rebolo, converso e choro porque tive uma breve visão da cozinha antes de chegar ao banheiro.



Mulher também chama outra para acompanha-la ao banheiro para segurar a bolsa, a blusa, a saia ou mesmo a porta porque não existe trinco – uma vez uma amiga já teve que ser a própria porta porque nem isso tinha (beijo Vique).

Mulheres lidam melhor com intimidade que os homens, por isso gostamos desses ambientes intimistas para conversar sobre bobagens do cotidiano que sabemos que os homens da mesa não querem ouvir. Se houver em uma sala 3 sofás e 4 mulheres, provavelmente elas se apertarão em um único, mulheres se apertam no banco de trás de um taxi, mas ninguém vai na frente, mulheres não convidam as amigas para jogar futebol – ou qualquer outro tipo de esporte – porque o campo é muito grande... convidamos para um barzinho em que uma mesa para 4 pessoas terá 7 em volta. E temos a vantagem que enquanto conversamos em um banheiro feminino não precisamos ficar ao lado de ninguém que tenta levar um pentelho até o ralo se utilizando de um jato de mijo! Banheiros femininos tem cabines privativas e deixam o restante do ambiente para esses encontros sociais!



Também levamos a amiga porque não conhecemos o espelho daquele banheiro, não sabemos como é a iluminação e precisamos de uma opinião confiável sobre nossa maquiagem. E também usamos roupas muito complicadas: parte da camisa fica pra dentro do cinto, parte pra fora da calça, o lenço precisa estar alinhado no pescoço, o decote das costas do body não pode estar torto, etc... e banheiros de locais públicos dificilmente tem espelhos para ver o corpo inteiro, então precisamos de uma ajuda para não entrarmos para fazer xixi parecendo a Tainá Muller e sair de lá feito a Louca das Pombas.



E sim, claro, nós fofocamos! Falamos mal da namorada nova do amigo que saiu com a gente, falamos da briga que rolou com o namorado antes de sair de casa, discutimos sobre um comentário desnecessário no Face daquela amiga da sua prima que não tem nada a ver com a gente, mas que gostamos de falar mal, falamos do garçom gatinho, falamos de um ex que tá ficando com uma menina zuada, falamos da implicância da mãe, da última roupa que compramos, da promoção daquela loja que a gente ama, da roupa da menina da mesa ao lado (normalmente quando a menina acabou de entrar no banheiro e nos pegou em flagra), falamos do cara do serviço que está dando em cima, da conversa séria que teve com o cara do serviço contando que você é casada, do vestido que a Fernanda Lima usou, do Rodrigo Hilbert usando nada, do esmalte que escolheu passar, de um casal de amigos que está em crise, resolvemos os problemas desse casal sem nenhuma dos dois estar presente, aliás, resolvemos os problemas de parte da humanidade menos os nossos!



Banheiro feminino é um lugar tão cheio de segredos bobos que os homens se disfarçariam de mulher para ouvi-los e virariam os olhos e bufariam pensando “mano, sério que é isso que elas falam aqui?! Mal sabem elas o que conversamos na mesa enquanto elas saem... e como podemos coçar o saco sem disfarçar!”

quarta-feira, 9 de julho de 2014

#foifoifoi

O dia começou cinzento em São Paulo, a chuva caia desde a madrugada como se já quisesse acordar o paulistano com a tristeza de ter que sair de casa com uma garoa boa para tirar a chapinha, molhar a meia e carregar guarda-chuva molhado no ônibus... Mas nem toda garoa nos prepararia para o dilúvio de bolas dentro do gol posicionado nas costas do Julio César! O dia em que a Alemanha mostrou que não tinha só o Klose ou Müller ou Neuer (que quase não jogou), mas que tinha 11 jogadores com sangue frio como a cerveja deles e sem dó dos coleguinhas em campo! 

Ok, o Brasil perdeu, perdeu feio e todo mundo já sabe, até o Osama Bin Laden de dentro do seu esconderijo junto com 2Pac. Mas somos brasileiros e estamos acostumados a dar risada da nossa desgraça, acreditamos que quando um pombo caga na gente quer dizer sorte, que pulga na mão significa dinheiro, que se mordermos o dedinho, a pessoa que está falando mal de nós irá morder a língua... então vamos focar no que houve de bom nisso: todos os posts, memes e vídeos que circularam por aí! - Deus abençoe a internet, senão seríamos mais de 200 milhões de brasileiros chorando cada um em um canto! 

Perdemos de 7 x 1, mas temos o povo mais criativo e a zueira never ends:








O Brasil tem 55% de posse de bola! Destes 55, 70% a bola estava dentro do gol do Júlio César! 

Pelo menos não perdemos 2 Guerras Mundiais!  

Ainda bem que to duro, não teve picanha! Enquanto você lia... Gol da Alemanha!

E o David-Fofo-Luiz deu uma entrevista chorando no final do jogo dizendo que só queria dar alegria aos brasileiros, e deu, viu fofo?! Seus memes são incríveis e o que surgiu de piada depois do jogo nos fez rir mais que o medo que teríamos do Julio César não conseguir segurar a taça!


 O Fred também deu uma entrevista no final da partida em que pediu desculpas a toda população brasileira, que ele não queria ter entrado no vestiário naquele momento em que o Felipão estava colocando uma calcinha fio-dental rosa, mas que ele teve que usar essa chantagem para a convocação... Mentira, ele não disse isso, mas seria melhor se tivesse falado!




E é isso, acabou o sonho do Hexa no Brasil! Bora aproveitar a promoção da camisa do Brasil com 5 extrelas porque tem validade para mais 4 anos! 

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Cada escolha uma renúncia e bla bla bla

Um dia desses estava elaborando uma planilha nova para uns clientes e me perguntei “Como eu cheguei até aqui?” – Ok, foi utilizando o Butantã USP, mas estou falando de uma análise mais complexa, mais auto-ajuda, mais “de onde viemos e pra onde vamos”, mais “porque eu não nasci rica?”, mais “Silvio Santos me adota”, mais “tá, já entendemos!”...

Lembro que o meu primeiro emprego eu usava muito mais o Paint pra ficar desenhando no tempo entre uma ligação e outra que qualquer outra coisa! Já trabalhei como vendedora, como suporte técnico, como estudante – vulgo: vagal, até que fui parar em uma empresa em que analisaria os dados em um negócio chamado Excel... Antes de um maluco me contratar para essa vaga (beijos Fabio, você deu sorte!), eu tinha feito uma entrevista em que o cara me perguntou se eu manjava de Tabela Dinâmica e eu não fazia ideia do que ele estava falando – e disse isso pra ele resumido em “ahan”! E agora eu estou aqui, olhando 8 horas por dia para uma tela cheia de quadradinhos que me acompanham na minha vida pessoal quando vou fazer minha planilha de gastos mensal. Aliás, preciso me tratar em um grupo de Excelzistas Anônimos...

Uma vez alguém me disse que DECISÕES DECIDEM DESTINOS e como isso é real – tanto que ficou guardado em minha memória de atum! Quando eu não passei no primeiro vestibular que prestei, desisti da Fisioterapia e resolvi passar um ano pensando no que fazer... não foi tempo suficiente para pensar direito, porque acabei fazendo matemática... Escrevia poemas sobre dores de amor desde muito cedo, quando eu só amava minha mãe, meu pai e Yakult e mesmo assim acabei não dando nenhum passo a essa direção (profissionalmente)... Me dei superbem trabalhando como vendedora, mesmo odiando pessoas, mas só trabalhei com isso por 6 meses... Já quis fazer moda, medicina, direito, já quis ser médica-legista, pensionista, cabelereira... Mas estou aqui, sem mexer em defunto, formatando células e fazendo Tabelas Dinâmicas mais que faço xixi!

Na maioria das vezes não percebemos que determinado passo pode mudar os próximos anos! Se não tivesse ido passar o ano novo em Atibaia, não estaria namorando, se não tivesse ouvido quando meu irmão falava que ser estilista não dá dinheiro já que não sou gay, talvez tivesse me aventurado, se não tivesse parado de sofrer por amar meu cachorro e ele gostar mais do meu irmão, teria virado estatística... Cada escolha uma renúncia... cada decisão um destino e cada post de auto-ajuda que eu fizer como este, um tapa

na minha cara!

Resumindo tudo isso: escolha o que te faz feliz, mas você vai ter que fazer alguma coisa que não curta muito porque a vida não é esse parque de diversão com algodão doce ilimitado e sem fila no seu brinquedo favorito... E se chegar em um ponto que você viu que as coisas não estão legais, dê restart (atenção para o verbo: DÊ e não OUÇA), tire a fita, assopre e volte ao início...


Eu to aqui, feliz da vida com as minhas planilhas e extremamente agradecida por terem me dado meu primeiro emprego mesmo que a pessoa tenha pedido pra eu abrir o Windows Explorer e eu abri o Internet Explorer e fiquei esperando a próxima ordem... agradecida pelas chances que todos os meus empregadores me deram e por todos os que me falaram “não”... se não, não estaria aqui!... Pensamento meio Chico Xavier no final do Sabadão Sertanejo – com mulheres dançando semi-nuas com bambolê gigante, concurso da camiseta molhada, mas mensagem de auto-ajuda no final!