terça-feira, 20 de novembro de 2012

Nossa, como você tá bem!! - só que não!!


Oi oi gente! Tudo bem com vocês? – Esse é o momento que vocês respondem: tudo sim, e com você? – Fomos educados a responder dessa forma desde que aprendemos a falar! A mãe está com uma criança de 1 ano e meio no colo quando chega uma senhorinha na fila do ônibus e diz (cuspindo um pouquinho): oii bebê, tudo bem? E a mãe diz: Fala que sim, filho! Até nas nossas aulas de inglês naquela sala toda colorida com o nome das coisas em inglês colado com fita crepe, o professor ensina o diálogo: Hi, how are you?! – I am fine, thanks and you?!

Mas, a maioria das vezes isso não passa nem perto da verdade! A resposta verdadeira para um “tudo bem com você?” seria: Não, meu namorado terminou comigo faz 7 meses e até hoje eu não o esqueci, hoje de manhã pensei em fazer uma amarração do amor pra ele, não gosto do meu emprego, estou cheio de dívida e minha luz foi cortada ontem porque não paguei a conta!

Imagine como seria interessante se o pedido do filho do Jim Carrey no filme “O Mentiroso” tivesse efeito sobre toda a população mundial! Imagine como seria se você não pudesse contar uma mentirinha sequer durante um dia inteiro! Eu me esconderia no quarto e só voltaria a encontrar as pessoas no dia que passasse o “feitiço”! Não que eu seja uma mentirosa compulsiva e vivo em uma realidade paralela, mas vai que bem nesse dia me façam as piores perguntas?!

Vai que eu encontro uma amiga da minha mãe que fez uma cirurgia plástica no rosto e ao invés de parecer mais nova, ficou parecendo a Elza Soares... Se ela me perguntar se ficou boa, eu teria que me esforçar para dizer “ficou diferente” e parar no ponto final dessa frase!

E se acontecer de eu encontrar uma amiga da época da escola que passou de princesinha do colégio para a bruxa com tentáculos da Pequena Sereia? Vou cumprimenta-la dizendo “nossa, como você mudou!” e paro por aí! Mas será que o feitiço me faz só falar a verdade quando me perguntam ou me torna uma sincericida!?

Torceria muito para que o menino não fizesse o pedido em um final de semana! Já pensou acordar no dia seguinte e você ter que contar para seus pais, exatamente, como foi a festa de ontem? Aquela que você disse que seria super tranquila na casa de um coleguinha da faculdade e que os pais do menino estariam presente? Como contar que os pais estão viajando há duas semanas e que festinha significa uma rave louca?!

E se sua mulher resolvesse te perguntar beeeeem nesse dia se ela engordou, se o penteado em que ela está parecendo uma calopsita ficou bom, se o vestido que ela usou na festa de debutante ainda está bom pra ela ir no casamento do seu sobrinho...?

E se o seu marido puxasse assunto no café da manhã sobre a noite anterior, se você estava tão animada e apaixonada quanto ele, se você realmente prefere ele ao Ricardo Pereira, se você gosta da sua sogra como se fosse sua mãe, se você não envolveria com mais ninguém caso ele viesse a falecer antes de você...?
 
Se seu filho quisesse passar a noite sem dormir, comer doce antes do almoço, tomar refrigerante até sair pelo nariz, você não contaria com a ajuda do lobo mau, homem do saco ou qualquer personagem do folclore que ajudam os nossos pais há tantos anos.

Como faria se neste dia você fosse almoçar na casa de uma amiga que tem um papo incrível, mas um macarrão horrível? É permitido sugerir almoçar em um restaurante e torcer – torcer muito – pra ela não perguntar o porquê?

Visitar o filho do seu primo na maternidade então, nem pensar! Você mal coloca o pé pra dentro do quarto e já estão colocando uma carinha vermelha, toda amassada, com olhos fechados e grudentos e nariz achatado no seu colo e perguntando “ele não é lindo?” e você vai responder o que? “Pra um bebê ET, ele deve ter uma beleza de chamar a atenção!”

E se você quiser manter seus amigos, é bom manter a distância dos pais deles, para não entregar ninguém!

Tem umas “mentirinhas” do bem que nos salvam de uma confusão incrível! Imagina como as estatísticas de divórcios aumentariam se o marido não pudesse dar uma escapadinha da pergunta “eu engordei” com um belo sorriso no rosto acompanhado de um “ah amor, você está tão maravilhosa como no dia que eu te conheci!” Ou se a mulher não tivesse a ajuda de uma desculpinha de uma dor de cabeça... ?

Ok, a palavra “mentira” é muito forte? Então utilizaremos a “estratégia para manter a paz na casa”!

Eu vou ficar na torcida para que, se um dia o pedido de Max Reede for atendido e atingir a todos, eu não te pergunte se você está gostando dos textos do blog!

E vamos encerrar com um clássico:

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Concerteza agente naçeu pra ficá junto!

Nossos avós e pais tiveram muita sorte, não é mesmo? É claro que nossa geração (Coca-Cola) também tem suas vantagens: A economia melhorou, a nova classe C tem se endividado conquistado mais coisas, a globalização, a criação do DVD e, com ela, o fato de não precisarmos mais rebobinar uma fita pra devolver na locadora, baixar filmes – pra não precisarmos mais ir até à locadora, o nascimento do Ashton Kutcher, o boom de toda essa tecnologia que temos hoje e, claro, a internet!

Aí vocês perguntam: “Mas se nós temos todas essas coisas ,por que os nosso avós que tiveram sorte?” – lê-se com voz de menina mimada criada pela avó. E eu lhes respondo: “Porque eles tinham contato com as pessoas!” - lê-se com voz de pessoa séria, cheia de razão! Sim, através da internet nós conhecemos mais gente, mas quantas pessoas nós “conhecemos” de verdade?
Sua avó estava andando pela rua, a caminho da igreja, em uma manhã ensolarada de domingo, acompanhada dos seus pais e irmãos, quando, de repente, encontram o vizinho do sítio onde seu bisavô morava antes de ter filhos, acompanhado de sua família! Conversam por algum tempo, vão juntos à  igreja, retornam e preparam um grande almoço feliz ajuntando os frangos assados vendidos nas padarias da época. Sua avó – assanhadinha – puxa conversa com o filho do antigo vizinho! Trocam algumas palavras, se conhecem, sentem borboletas no estômago e ficam na maior ansiedade pelo próximo domingo para se encontrarem – ao acaso – na ida para a igreja (porque eles não tinham Whatsapp pra trocar mensagens e combinar o horário). Depois de dois meses de grandes momentos de paixão ardente na troca de olhares nos encontros de domingo, o filho do antigo vizinho – no alto dos seus 17 anos – pede a sua avó em casamento para o seu bisavô e vivem felizes para sempre – até aparecer você na família!

Ok, pode ser que não tenha acontecido exatamente assim! No caso dos meus avós, os paternos eram primos e se apaixonaram quando o meu avô – danadinho – veio morar na casa dos pais da minha avó na “capitar”! E meus avós maternos se conheceram porque o irmão da minha avó começou a namorar a irmã do meu avô e eles eram obrigados a acompanhar os encontros pra ninguém sair da linha e, quem saiu da linha, foram eles – se apaixonando!

Mas, eles conheciam as pessoas pessoalmente! Conheciam como a pessoa era exatamente, não tinham surpresas por conversar com uma morena de cabelos sedosos e maquiagem impecável e conhecer a Gorete Milagres! Não se apaixonavam por uma conversa bacana que era baseada nos conselhos de um amigo que está deitado na cama jogando PSP, enquanto o cara papeia com você! Não tinham os mesmos problemas que nós: receber uma solicitação de amizade de uma pessoa de boas feições – na foto de perfil do Facebook; aceitar por curiosidade, interesse e massageio no ego; antes de puxar conversa no chat, analisar as fotos e ficar ainda mais empolgado ao ver que a pessoa é gata até naquelas fotos que os amigos marcaram, naquele momento que ela tá colocando uma coxinha na boca! Aprovado fisicamente, perguntar se o “novo amigo” te adicionou ao acaso (só pra ler que não foi ao acaso, que ele te adicionou porque te viu na página de um amigo e te achou linda)! E a conversa se desenrola mais ou menos assim:

Você - Oi, tudo bem? Vi que a gente tem alguns amigos incomuns, a gente já se conheceu pessoalmente?
Ele – Oi, tudo bem e com voçê? Não, agente nunca se vio, mais eu ti axei muito gata e quiz te conheser!
Você – coloca o mouse sobre o nome da pessoa, espera abrir a janelinha, clica em “amigos”, depois em “desfazer amizade”!

Você pode pensar que estamos voltando ao assunto de alguns posts atrás: Preconceito! Se for preconceito, me declaro culpada: Sou preconceituosa! Mas, acho que vai além disso! Não é preconceito, é brochante (me perdoem o termo)! Sério, eu não consigo continuar interessada em alguém quando leio um “concerteza", “agente”, “mim trabalhar”, “seje”, “menas”, “meia cansada”, “nóis adivinhá”, e coisas do tipo!
Não estou interessada em namorar o professor Pasquale ou cometer pedofilia com algum vencedor do Soletrando! Só quero conseguir prestar atenção na conversa que estou tendo com a pessoa e não sofrer uma pequena fisgada na perna esquerda a cada  "faiz", ou fazer um bico de CSI e desvendar o mistério que está escondido atrás de uma frase que não pode ser interpretada a olho nu!
Algumas pessoas não tiveram oportunidade de estudar e batalham pelo seu lugar, eu admiro isso! Mas não me atraio por isso, sinto muito! E me atraio menos ainda por pessoas que tiveram oportunidade, estudaram até o ensino superior e, simplesmente, tem preguiça de escrever ou falar certo! Não acho que todos devem ter o “Aurélio” como sobrenome, mas, conhecimento básico da língua que você fala e utiliza para escreverm é fundamental!
 
Os preguiçosos por aprender que me desculpem, mas, inteligência é mais sedutora que os personagens do José Mayer.
 
E sei que você está desejando que eu me apaixone por um cara que não sabe soletrar o próprio nome!

sábado, 10 de novembro de 2012

O amor é uma faca... de bolo Pullman!

- Menina, como você cresceu!! Como você está? – te pergunta uma tia distante, levemente obesa, com bochechas rosadas e que poderia ser confundida com a Mamãe Noel.
- Eu estou bem, tia! Me formei em uma faculdade disputadíssima, fiz um ótimo MBA, sou gerente em uma multinacional, fui pra Europa nas últimas férias, tenho uma alimentação saudável e tenho ótimos amigos!!
- Poxa, que triste, ainda não casou e nem tem namorado (será que ela gosta de meninas?)!
 

Ao contrário do que você está pensando, esse diálogo não acontece na minha família! Não que eu não tenha uma tia para me cobrar a falta de um relacionamento, mas porque eu não teria todo esse currículo invejável para incluir na resposta à pergunta “como você está?”. Mas acredito que essa conversa acontece com certa frequência em reencontros de famílias! Você pode ter se tornado a primeira presidente de um novo país fundado por você mesma, ter ido até a Lua com um Fusca, ter dado a volta ao mundo na companhia do Eduardo Suplicy – sem nenhuma tentativa de homicídio – mas o que conta é se você tem ou não namorado!
Ela acha que os genes da família são muito bons pra serem desperdiçados por você! Deve pensar que você tem 4 umbigos, pra não conseguir o amor de um cara a ponto dele querer casar com você, ou que você deve sofrer de alguma fobia social, ou que nenhum cara aguenta seu chulé! Não sei quais motivos ela encontra para explicar a sua solteirice extrema e sem solução - quando você ainda tem uns 17 anos de período fértil, pra poder dar continuidade à árvore genealógica da família!

Mas, o que essa tia que casou com o primeiro namorado, arranjado pelos pais, aos 16 anos, não sabe é como é difícil namorar (ou começar a namorar) hoje em dia! Não sou uma solteira convicta que acha que todos devem permanecer sem estabelecer compromisso algum com um outro alguém! Pelo contrário, acho que as pessoas foram feitas para se relacionar umas com as outras, até encontrarem alguém que faz a vida perder a cor quando não está por perto, uma pessoa que você consegue viver longe, mas, simplesmente, não quer viver sem! Ok, fim da Sessão da Tarde na semana do Dia dos Namorados! Mas, é muito difícil começar um relacionamento! Vamos ajudar a titia bem alimentada listando os motivos que dificultam iniciar o processo "namoro – noivado – casamento – proliferação do DNA":

Motivo #1: Falta de pessoas! OK, pessoas até que tem, mas a maioria está comprometida, ou mora muito longe, ou não fala a sua língua, ou você conheceu pela internet e pode ser o Maníaco-do-Parque-Online-Antes-Da-Conversão, ou gosta de pessoas do mesmo sexo, ou é muito baixo, ou é famoso e tem vergonha de assumir o romance secreto que vocês tem -  tão secreto que nem ele sabe! Falta aquela pessoa que te impressione! Que te faça se sentir como na fila de uma montanha russa, com aquele frio na barriga de expectativa. Essas pessoas estão em extinção!

Motivo #2: Falta de compatibilidade! Certo, apareceu alguém que parece ser bem interessante! Vocês se conheceram em uma fila de banco, onde conversaram por um tempo, ele arrancou 4 ou 5 sorrisos seus, tem um cabelo com aspecto de lavado, uma roupa limpa e não tem a pele azul-avatar! Trocam e-mail e se falam durante o dia todo. E-mails os quais você responde com cara séria, fingindo pensar em cada frase escrita, para parecer que está muito concentrada em seu trabalho e respondendo um e-mail de um importante cliente! Então, você descobre que o cara tem uma tatuagem da Joelma na perna esquerda e do Chimbinha, na direita, enquanto você ama Beatles! O cara é da Gaviões e você acha que pessoas que gostam mais de futebol do que da própria mãe, tem o cérebro feito de massinha!

Motivo#3: Falta de órfãos! Ok, vocês esqueceram essas diferenças gritantes e resolveram dar uma chance ao amor! Mas, o cara tem outro grande defeito que você não pode ignorar: Ele tem mãe! E, o pior, você precisa conhecê-la (e se você tiver a mesma sorte que eu e for muito fresca para comida, isso se torna 154890 vezes pior!! )! Ele te convida para um almoço de domingo, onde a sua querida futura-sogra faz salada de maionese, churrasco, farofa com bacon, suco de caju e, de sobremesa, banana com granulado! Você é vegetariana e, disso tudo, você só come o granulado! Pronto, ela te odeia!

Motivo #4: Falta de distância dos seus pais! Você superou o Calypso, troca a Eliana pelo jogo no domingo, fingiu que comia o almoço na casa dele e jogava pro cachorro e chegou a hora dele conhecer seus pais! E quando eles vão se conhecer? No aniversário de casamento dos seus avós! Onde está presente a sua querida tia distante, levemente obesa, com bochechas rosadas e que poderia ser confundida com a Mamãe Noel, que o aluga por horas, perguntando sobre doenças genéticas na família dele, se ele já fez exame de fertilidade e se ele tem passagem pela polícia! Pronto, o bofe vai embora!

Dica para passar por todas as fases: Não conheça ninguém na fila do banco, é preferível conhecer no show da sua banda favorita! Nunca vá conhecer a mãe dele no horário de uma refeição! Não leve-o para conhecer seus pais em uma festa de família – tente apresentá-los por foto, de preferência!

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Me manda por depô!

Tudo começou um pouco elitizado! Parecia uma festa VIP! Precisava de convite para entrar, só tinha gente bonita, você só se relacionava com os seus amigos, todos eram maior de idade, a vida de todos os participantes era perfeita, as pessoas falavam bem de você e você podia divulgar aqueles elogios para o mundo – sem parecer egocêntrico! E você podia receber a maior declaração de amor do mundo: alguém fazer uma comunidade pra você!!

Sim, amiguinhos, o ORKUT era um mundo de maravilhas! Era uma rede social em que só podiam participar pessoas maiores de 18 anos, que fossem convidadas por outros para ingressar na rede. Consistia em se relacionar com seus amigos através do ambiente online! Era possível falar a seu respeito no seu perfil, destacar seus interesses, participar de comunidades com as quais se identificava, conversar com os seus amigos através dos scraps e se alguém era especial e você queria contar isso a todos, podia publicar um depoimento na página da pessoa. Na teoria as funções do Orkut até pareciam poesias!

Mas, os humanos o descobriram e acabaram com tudo!! Primeiro, começaram as mentiras: na foto do perfil a pessoa parecia o Ricardo Pereira, e na vida real, estava mais para Matheus Nachtergaele! Fora aquelas fotos deitadas ou com uma faixa branca em volta, denunciando a falta de intimidade com o Paint! Depois, os usuários não entendiam que o campo “fale sobre você” não era destinado a colocar desenhos feitos de arrobas, letra de música, poesias ou juras de amor eterno ao namorado com quem terminaria em quatro dias! Não felizes em ferrar com seu próprio perfil, começaram a mandar recados com desenhos de arrobas e, o pior de tudo, aqueles desenhos brilhantes, piscantes, irritantes, cegantes te desejando um bom dia – meu dia estava muito bom até receber essa droga de recado que deixou minha página de scrap fantasiada para a Parada Gay!!!

Falando em arrobas, tinha coisa mais irritante que aquelas pessoas que colocavam 37 símbolos no nome??? Onde só era necessário escrever o nome, eles faziam uma festa do shift+tecla! No campo Nome devia ter um parênteses escrito (da forma como está no seu RG – primeiro e último nome – se desejar, inclua apelido, caso este não cause constrangimento a quem estiver lendo)! Seria de muita utilidade!
Na verdade, existiam sim coisas mais irritantes que esses nomes enfeitados: OS PERFIS DE ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO!!!! Sério, o que eu vou querer falar ou ouvir do seu hamster?

E aquele sorriso que a gente abria quando recebia um depoimento inesperado de algum amigo? A gente não sabia o que fazia primeiro: se aceitava ou se ia retribuir – de livre e espontânea vontade! E os casais melosos? Não sei se eles levavam mais tempo escrevendo depoimentos a cada semana de namoro ou deletando os depoimentos quando terminavam!

E aquela festa VIP virou a carnaval! Todo mundo adicionava todo mundo, quanto mais “amigos”, melhor! Quanto mais sequestro de pessoas que aceitavam sair com gente que eles nunca viram na vida, mas era melhor amigo no Orkut, “melhor”!

Mas de uma coisa eu gostei desde o meu primeiro acesso e, hoje, sinto aquela cócega de saudades no meu coração: as comunidades! Nunca imaginei que a criatividade das pessoas iria tão longe!! Mas tenho as minhas preferidas: “Durmo no estilo Chico Xavier”, “Se eu pular, será que eu morro?”, “Descontraidores de ambiente (esse preciso colocar a descrição: - Caramba, fiz de novo cocô nas calças! - QUÊ!?- Nada não. Era só pra descontrair o ambiente. Hehe.)”, “Coloquei silicone na barriga”, “Vó... o telefone é na novela”, “Eu tenho pena do bombom Caribe”, “Não jogue o Rei Leão do penhasco”, fora outras que eu chorava de rir com a descrição ou com a foto! Mas, se Deus criou as comunidades, o Sérgio Mallandro criou os jogos dentro das comunidades (o mesmo criador da funcionalidade de marcar os coleguinhas nas fotos em que eles estão parecendo do avesso)!!
E quando o dono da comunidade mudava o nome pra algo pornográfico e você que antes gostava de café da manhã de hotel, agora curte sexo com tijolo!?
Mas, a cada “vamos jogar” compartilhado no Facebook, a cada post viral sobre privacidade, a cada “quantas curtidas essa princesa merece”, eu sinto uma saudade muito dolorida dos convites para mudar meu tema do Orkut!


Se você for muito legal e divulgar este bloguizinho, prometo conseguir mais de 14 membros para a comunidade que vou criar declarando que te amo! E, me mandem o telefone de vocês por depô, prometo não aceitar (quem já teve o telefone divulgado para o mundo porque um amigo carente queria ter mais um depoimento no perfil?)!

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Aposto que é mulher!!!

Vamos fazer um exercício? Levante-se da cadeira, segure o seu dedão do pé esquerdo com a mão direita, sem dobrar a perna, nem a coluna! Mentchira!!! Vamos fazer um exercício de sinceridade! Pense na cena: você está andando na rua e passa ao seu lado uma pessoa comendo! Você se lembraria dessa pessoa se ela fosse magra? Ou só reparou que passou alguém comendo porque era um gordo e você pensou “eeeee gordo, só come, né?”
Eu admito que julgo e penso exatamente isso quando vejo um “gordinho” comendo! Pode ser que ele tenha passado 3 dias sem comer direito e aquela batata frita vendida na saída da faculdade é a primeira coisa que ele tá colocando na boca naquele dia, mas eu sempre penso “só come”.
Quando eu andava de metrô (nossa, ela ficou rica e não anda mais de metrô!! – Não, eu mudei pra uma cidade que tem charrete e não metrô) via a cara de desespero das pessoas, as mãos cruzadas em posição de prece, as sobrancelhas franzidas e, se eu tivesse o poder de ouvir pensamento, tenho certeza que elas estavam pedindo desesperadas “Deus, por favor, faça com que esse gordo, que acabou de entrar, tenha hemorroidas e não possa sentar ao meu lado – o único lugar livre do vagão!!” Certo, isso não é preconceito, é só o desejo de não andar apertado! Mas, acreditem, a gente sofre mais que vocês! Não é nada divertido insistir pro motorista daqueles micro-ônibus a nos deixar descer pela frente, porque somos maiores que o corredor que já está lotado de pessoas que vão xingar o nosso metabolismo lento por estarmos apertando-as!
Nós somos todos preconceituosos! Formamos um conceito pré-estabelecido a respeito de alguém e determinamos que aquele fato é uma verdade! Como somos imbecis!! Assim como julgamos o gordinho, achando que ele já comeu uma caixa de paçoquinha, três milhos cozidos, dois pratos de macarrão com 13 almondegas em cada e mais aquela batata frita só naquele dia, temos a tendência de julgar as pessoas, de taxá-las pela forma como falam, como se vestem, pelo gosto musical, pelo time de futebol – ou por preferirem Handball, por serem homens e usarem Victoria Secret...
“Aaaaah, mas eu não sou preconceituoso! Sou justo com todos e nunca julgo alguém!” Aaaaaah, vá a merda! Se acontece alguma cagada no trânsito temos certeza que foi culpa de uma mulher! Se alguém faz uma pergunta “cabeça” pra um cara bombado, já começamos a rir pensando na besteira que virá como resposta! Se alguém peidou, foi o gordo! Se uma menina tá com um cara feio, é porque ele tem um carro firmeza! Se alguém tem que fazer uma conta, que não seja a loira! Se negocia um preço, é judeu!
E, como bons seres humanos que somos, nós achamos que esses “defeitos” que taxamos devem ser compensados: Se é gordo, tem de ser engraçado; Se não é muito inteligente, precisa ser bonito; Se faz cosplay do corcunda de Notre Dame sem a ajuda de nenhuma fantasia, tem que ser legal; Se é bobo, que seja rico; Se é carente e pegajoso, que more longe e não tenha crédito no celular!
Como todo cidadão politicamente correto, eu sou contra o preconceito! Acho que somos ridículos por acharmos que as coisas são exatamente do jeito que pensamos! O mundo não gira em torno do nosso umbigo e muito menos em volta das nossas vontades e dos nossos achismos! Aquele gordo pode ou não ter comido o dia todo, aquele Corinthiano pode ou não saber ler, aquele cara que ouve funk pode ou não sofrer de algum tipo de distúrbio, o cara que usa Victoria Secret pode ou não gostar de outro cara! A mulher pode ou não saber dirigir! E as possibilidades são inúmeras!
E mais estúpido que achar que alguém tem que ser aquilo que achamos que a pessoa é, é menosprezar alguém por aquilo que a pessoa é, ou que achamos que seja! (ok, tempo para vocês lerem e relerem essa frase até entenderem! Um tempo maior pras loiras! RÁ!) Precisam ver como é ridículo um bando de animais pré-históricos, que não passaram por todas as fases da evolução, zoando uma gordinha que está dançando feliz em uma balada! E igualmente irritante um grupo de amigas, com neurônios de uma sardinha morta, zoando com um cara que tem espinhas no rosto! E como é triste ver que alguém não se interessaria por um negro porque os amigos (subdesenvolvidos) iriam aloprar!
Sou a favor da liberdade do gostar! Uns gostam de brancos, outros gostam de negros, uns gostam de altos, outros, de baixos, tem quem goste de magrelos, tem os que gostam de gordos, tem os que gostam de ler, tem os que gostam de malhar e tem quem goste de malhar e de ler, tem até quem goste de assistir Faustão! Deixe que digam, que pensem, que falem, deixe isso pra lá, vem pra cá, o que é que tem? cada um goste do que gostar!
Mas respeite! Acima de tudo: RESPEITE!
Sou extremamente contra a cota para negros, mas sou muito a favor da cota para japoneses! Pô, vamos determinar um número máximo de vagas pra eles, pra que não fiquem com todas!!!!
 


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Até a ber...

Hoje eu estava assistindo o Programa da Tarde (vida de desempregada mode on)e estavam se aproveitando da infertilidade de um casal para fazer um reality show apelativo sobre a vontade do Vavá e da sua esposa terem um filho! Eu não me lembro do nome da mulher, mas lembro perfeitamente que ela foi sujeitada a fazer um ultrassom intravaginal transmitido para todo o Brasil e todos os demais países –sem sorte – que recebem sinal da Record! Mas, assistir ao programa me fez lembrar que já teve uma época em que eu achava que o Vavá era o cara mais gato da televisão brasileira! E que quando ele começou a namorar a Mari Alexandre, meu único consolo foi que ele tinha um irmão gêmeo – que seria seduzido por uma pirralha de 12 anos, com tampão no olho e óculos fundo de garrafa! E hoje, vi que ele não é o cara mais gato nem do quarteirão onde mora!

Durante todos os meus 25 anos de vida, eu já quis fazer muita coisa! Quando era criança sonhava em ser estilista, só porque eu sabia desenhar pessoas com carne e não aqueles bonecos-palitos que meus coleguinhas insistiam em chamar de “prô, olha minha família!”. Eu jurava que ia pra Paris ser disputada a tapa por atrizes que queriam casar usando um vestido feito por mim! Mas acho que desisti porque não sabia desenhar pé!
Depois de um tempo quis ser advogada, porque meu avô sempre fazia o que eu queria (“nossa, como ela é mimada!” – ah, vão se danar!) e eu achava que ia ganhar os juízes da mesma forma que convencia meu avô a me levar de volta pra casa e não me largar na escolinha! Desisti porque os juízes não iam levar meu argumento de “essa roupa não é de frio e está frio!” a sério!
Já quis ser médica legista, fisioterapeuta, dona de pousada, chefe de cozinha, pensionista, jogadora de futebol, amiga de famosos, maquiadora de defunto (sim, por causa do filme “Meu Primeiro Amor”) e acabei como Matemática!
Já fui São Paulina e virei Palmeirense (dá pra voltar?), minha cor favorita já mudou umas 27 vezes e meu gosto musical, também! E tudo foi mudando!

Se você pegar um Caderno de Perguntas que você respondeu quando tinha 14 anos, tenho certeza que as únicas respostas que vão coincidir com as atuais são: Seu nome, nome dos seus pais, data de nascimento e se você tem irmão (pergunta essa que suas amiguinhas zóiudas colocavam pra saber quem elas poderiam prospectar como melhores amigas pra dar o bote no irmãozinho)!

Como a gente muda, né? Mudamos de desculpas quando percebemos que “o cachorro comeu minha lição” não rola mais! Mudamos de telefone quando o cara grudento da faculdade te pede o seu número! Mudamos de canal quando começa Faustão! Mudamos de namorado quando conhecemos a sogra! Mudamos de roupa quando o botão não fecha! Mudamos de atitudes quando crescemos!
Ainda bem que, hoje, casar com o Brad Pitt não é mais seu objetivo principal da vida – o Neymar está mais perto e já percebeu que ele é fértil! Que seu programa de TV favorito não é mais Malhação e que sua revista não é mais a Capricho! A gente muda, a gente cresce, corremos atrás dos nossos sonhos e aprendemos a desenhar pé se é isso que impede de concretizar o que planejamos!


Todos amadurecemos – menos aquelas pessoas que não saíram da fase do Caderno de Perguntas e fizeram um ASK.FM!

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Vamos falar de bipolaridade? ah não, não quero mais!

A bipolaridade é um transtorno em que o humor assume autonomia, deixando de responder adequadamente ao que seria esperado (fonte: bipolaridade.com.br). Ou seja, causa transtorno a que se relaciona com uma pessoa bipolar! Muitas vezes confundida com a TPM, a Bipolaridade não chega em uma época específica do mês, pelo contrário, ela pode chegar a qualquer hora do dia.

Qualquer tipo de humor muito alterado já me causa uma certa vontade de me afastar da pessoa imediatamente – colocando-a em um helicóptero pilotado pelo Marrone. Sabe aquelas pessoas que chegam em um velório saltitando feito coelhinho da páscoa? Que chega no serviço e cumprimenta a todos sorrindo e falando com voz de Patati Patatá? Que vai te explicar um problema como se fosse uma animadora de excursão infantil? "Ah, mas não é bom estar sempre ao lado de alguém que nunca está de mau humor?" Não! Todo mundo tem problema e tem um dia que acordou e o espelho te falou que existe, sim, alguém mais bonito que você! E quando o humor está reagindo de modo incompatível ou exagerado à situação, é um transtorno de humor! Vá se tratar!

E aquelas pessoas que só vivem reclamando, tristes, rancorosas, pra baixo, também me incomodam da mesma forma! Aquele tipo de pessoa que vai pra Disney e fica reclamando que o Mickey só fala em inglês! Que é convidada pra jantar com um cara interessantíssimo e passa a refeição toda reclamando que vai perder o capítulo da novela! Se faz calor, reclama que tá suando mais que lutador de sumô, se faz frio, tá tremendo mais que havaiano num iglu, nunca tá feliz com nada! Fica com dó de uma grávida porque vai nascer cabelos e unhas dentro dela (admito que esse é testemunho pessoal)! Chora em aniversários e inveja o homenageado de um velório!

Mas, acho que o pior transtorno de humor é aquele tipo clima de São Paulo: vai do frio do Alaska ao calor das Arábias em um só dia : A pessoa (muitas vezes conhecida como chefe) chega, não te cumprimenta e vai pra sala! Volta sorrindo e te dá um bombom! Faz todo o sentido, não? Não! Por quê? Porque a gente usa o filtro-do-humor para saber o quanto podemos nos arriscar e investir em algo!

Já percebemos isso desde criança, quando queríamos ganhar um doce, chegávamos de mansinho, sondávamos pra ver se a mãe não tinha brigado com o pai, se o olho do irmão mais velho não está roxo, se a empregada não estava chorando em um canto, e aí então elogiávamos e pedíamos uma jujuba! Agora, imagina como seria ter uma mãe bipolar!! Bom, não precisa se esforçar muito, é só esperar ela entrar na TPM, enquanto ela está fazendo cafuné no seu irmão, está tentando te acertar com um cabo de vassoura!

Crescemos percebendo o humor da pessoa, para então escolhermos a forma com que vamos nos relacionar com ela! O namorado que adicionou aquela menina com foto de perfil de um pequeno rosto acima de grandes peitos, chega com calma para encontrar a namorada e espera para ver se vai ser recebido com um sorriso ou uma metralhadora! O filho que chegou às 5 de madrugada, acorda com um sorriso sacana e um olho pequenininho, analisador, sentindo o clima da cozinha, espera se vai ser recepcionado com um “bom dia” ou uma palestra! O marido que passou o sábado vendo futebol e tomando cerveja ao invés de arrumar a prateleira do banheiro, vai pra cama devagar – porque é idiota! Sabe que vai tomar porrada e deveria ter ficado no sofá!

Agora, como usar esse método, milenar e tão eficiente, com alguém bipolar? A pessoa está sorrindo e você vai pedir um favor, ela rosna! Ontem o cara disse que te amava e hoje te manda sumir! A pessoa diz que você pode contar com ela pra qualquer coisa e, quando você precisa de alguém pra pagar uma fiança, ela some! Respondendo à primeira pergunta: Não faço a menor ideia! Acho que a principal dica é: fuja! Corra como se não houvesse aquela dor abaixo da costela! E mande um e-mail com a indicação de algumas clínicas de tratamento!

Como eu sou uma pessoa séria e pesquiso antes de escrever meus textos (ou seja: assisto às novelas antes de escrever o resumo e só), fui ler a respeito da bipolaridade no site www.bipolaridade.com.br (recomendo que enviem para os conhecidos perturbados e perturbadores). No site eles disponibilizam um teste para descobrir qual seu grau de perturbação! Se você acha que eu fiquei com medo do resultado é porque não leu o termo de consentimento antes de iniciar o teste, você teria certeza do cagaço que eu estava depois de ler que eu levaria até duas horas para terminar o teste, mas que tenho até uma semana para completá-lo. Se eu preciso de uma semana pra responder umas questõezinhas que eu SEI as respostas, é porque o negócio é tenso!!

Quando eu vi que a primeira fase do teste tinha 9 estágios, descobri que sou mais preguiçosa que curiosa e percebi que sou bipolar quando me empolgo muito pra fazer um teste e me desanimo logo que vejo a quantidade de perguntas!!


Mas, recomendo! E depois me contem o resultado pra eu saber como me relacionar com você! Acho que vou ter que alugar um Airbus A380 pro Marrone pilotar!