Perto de completar 28 réveillons particulares na face desta
Terra, comecei a pensar sobre esse caminho longo que foi traçado com uma
caminhada lenta e corcunda.
Ontem conversava com uma amiga sobre como a gente para de se
importar com o decorrer dos anos: Paramos de nos importar tanto com a opinião
dos outros, com as críticas que não constroem e com os elogios que também não
nos levam a nada, com os bens que fulano ou ciclano tem, com a falta de um
cumprimento em uma rodinha de amigos, com um olhar julgador de um desconhecido
em uma via pública, com uma indireta... aprendemos a respirar um pouco mais
fundo, piscar lentamente e virar os olhos como fazemos quando vamos escrever um
bilhete que não ficou muito bom, então amassamos a folha e jogamos fora!

Continuamos priorizando pessoas que simplesmente não se
importam! Continuamos gostando e fazendo questão de estar perto de pessoas que
passaram. E é simples assim, elas passaram! Ou às vezes ainda estão passando,
mas distraídas ou ocupadas com seus afazeres e suas vidas. E as pessoas não
gostarem de nós da mesma forma que gostamos delas não é o fim do mundo! Já
sobrevivemos a coisas piores: Você já quis morrer por um astro de uma boyband
ou já sonhou com o dia em que correria na praia de mãos dadas com uma estrela
do Baywatch. E um dia você acordou e se deu conta que eles nem sabiam que você
existia.
Você conseguir contar os amigos – amigos de verdade – com
uma mão é uma vantagem e uma benção! É melhor ter poucos padrinhos no seu
casamento que vão te abraçar com sinceridade que mil convidados que vão
reclamar que a bolinha de queijo tinha pouco orégano. E o bom de fazer esse
tipo de reflexão é saber que eles existem – os reais! Os que reclamam do orégano eu já sabia que existem aos montes!
É aquele que vai entender que você ligou um dia depois do
seu aniversário para dar parabéns porque conhece sua cabeça avoada! É aquele
que você pode falar que não vai visitá-lo porque está afim de ficar o dia de
pijama no sofá! É o que vai te contar que tem uma catota no seu nariz! É aquele
que te dará uns tapas na cara ao invés de dar sempre o ombro pra você chorar! É
com quem você não precisa de desculpas!
É quem te critica sem medo e te elogia sem inveja! É quem sente seu tom
de voz por uma mensagem de “oi” no Whats! E aquele que te abraça com uma
mensagem! É quem não vai querer competir com você seja com problemas maiores que os seus ou alegrias maiores que as suas!

E se algum amigo não mandar mensagem (os de verdade sabem que eu odeio ligação) na sexta-feira (13/03 - para o caso de você estar lendo o texto no futuro) esse ano não vai ter desculpa! Vou usar com violência a parte que amigo dá tapa na cara!
Um comentário:
Eu, humildemente, me enquadro nos dedos de uma mão.
A propósito... eu gosto de bolinhos de queijo com bastante orégano!
Amo ler o que você escreve Mi, mas acho que já provei isso há muito tempo!
Beijo Freda
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