segunda-feira, 18 de maio de 2015

kkkkkkkk ou pipipipipi

  
LLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL...

é assim que as histórias de muitos relacionamentos tem sido escritas! Quando insistimos em uma mesma tecla que já está gasta e já não forma mais palavras inteiras, apenas a velha insistência em fazer com que faça algum sentido. Mesmo que a tecla seja o “K” e você pense que está tudo muito divertido, na verdade está cansativo, monótono e sem futuro.  

Sabe quando o machucado está formando uma casquinha, feia, meio asquerosa, mas que mostra que o que machucava está sendo coberto? Às vezes você não resiste àquela tentação de tirá-la e corre pra procurar um band-aid outra vez, pra tampar o ferimento que já estava cicatrizando. Outras vezes nem tirou a casquinha porque quis, foi só se enxugar e passou a toalha forte demais, e de repente, distraidamente percebe que voltou a sangrar, voltou a doer, como quando vê uma foto, recebe uma mensagem.  
Parece que faltou nas aulas de português em que ensina que um parágrafo muito longo, sem ponto final, se torna confuso e desinteressante. Você insiste em colocar vírgulas sem fim, enquanto o outro autor dessa história está fazendo um ponto final com caneta Pilot preta – Pincel Anatômico 1100 – Tinta Permanente.

E não falo apenas de relacionamentos amorosos, muitas amizades já deram o que tinham que dar, já te trouxeram muitos benefícios, mas agora é só uma canseira sem fim, uma via de mão única! Você manda mensagens insistentes, tentando marcar um encontro, uma visita, uma saída, um chat pelo Skype, mas a reposta não vem ou quando vem, é negativa. Vem em forma de desculpas que você já não engole mais. Tem tudo pra respirar fundo e jogar pro alto, se apegar às coisas boas que passaram, mas entender que passaram! Mas não, passa uma semana, um mês e seu orgulho de manter velhos amigos te faz mandar mais uma mensagem que vai ser respondida falando sobre a correria e falta de tempo.

Nosso psicológico não foi treinado para aceitar perdas numa boa. Mas enquanto batemos numa tecla velha, perdemos tantas oportunidades de sermos felizes. Não fazemos uma viagem porque talvez fulano vá em um barzinho no mesmo final de semana. Faltamos no happy com o pessoal do serviço esperando que aquela amiga confirme o rolê de logo mais, mas faz três dias que ela não responde suas mensagens e nem atende às ligações. Dizem que o amor é cego, mas eu acho que é a insistência em um amor falido que nos fecha os olhos. Não te permite enxergar outros “e ses”. Enquanto você insiste em olhar só pra noite, perde um belo pôr-do-sol do outro lado!

E além de cegar, parece que também te faz perder a memória, a noção e os sentidos. Te tira os pés do chão, mas em uma rasteira que te  faz bater a cabeça. E não meu bem, nenhum príncipe encantado ou guerreira valente vai vir te dar um beijo pra te acordar... no máximo um “anão-amigo” te dará uma mão, enquanto usa a outra para te dar tapas na cara.

Interessante é que quando pensei nesse tema, ontem, antes de dormir, pensei em algumas pessoas, algumas histórias, alguns status com indiretas deprimentes no Facebook e hoje acordei com a newsletter de um dos meus blogs favoritos abordando o mesmo assunto e vi no Face a atualização de outro blog falando sobre a mesma coisa... acho que é uma tendência! Quase tão insuportável quanto os sneakers.


Se ame mais e se cuide mais... e abra seus olhos porque o tempo tá passando, o mundo tá andando e você não está vendo!