terça-feira, 23 de abril de 2013

Fui comer na hora de colocar o título!


Japonês pode zuar os mínimos detalhes da sua raça, negro pode falar o que quiser da sua cor, anão pode se diminuir, vesgos podem falar sobre vários pontos de vista da sua deficiência, loiras, infelizmente, precisam esperar alguém fazer alguma piadinha sobre elas para que possam repetir – se entenderem – então, vamos falar sobre gordos!

Essa figura simpática que gosta de fazer piada, de sorrir, de abraçar, mesmo que esteja suado, logo depois de fazer um gol e foi comemorar com você o fato de não ter tido uma parada cardíaca! O gordo é uma pessoa de corpo, alma e coração! E é difícil decidir o que ele tem maior!

Enquanto ele ainda é um bebê, tem obrigação de ser fofinho, de bochecha grande, rosada, pernas cheias de dobrinhas, quanto mais parecido com um Pokemon, melhor! Mas quando as outras crianças aprendem a falar “gordo, baleia, saco de areia” acabou a paz do gordo! E ele sofre bullying até o final da vida, ou até resolver trair o movimento e emagrecer! Sofre no carro pra colocar o cinto – porque o encaixe fica logo abaixo da nádega direita. Sofre no transporte público, pra passar na catraca, olhando a cara de desespero da pessoa que está sentada sozinha no banco do qual ele se aproxima, pra subir as escadas do ônibus. Sofre no cabelereiro, porque você fica 54kg maior com aquela capa – mesmo que ela seja preta! Sofre pra comprar roupa, pra comprar cinto, então, nem se fale! Sofre quando é escalado para ser amigo da protagonista na novela!
 

Há pouco tempo os gordos foram incluídos naquele adesivinho do assento reservado para idosos, grávidas, pessoas com crianças de colo ou com deficiência! Não porque eles não tem condições de ficar muito tempo em pé, mas porque se eles ficam em pé, ocupam grande parte do corredor! Ponto pra gente, podemos sentar e não precisamos fingir que estamos dormindo quando uma senhorinha entrar!

E, vamos deixar claro, eu não tenho nada contra as pessoas que resolvem emagrecer! Acho que cada um precisa se sentir bem consigo mesmo e se está ao seu alcance mudar algo que te incomoda, bora correr atrás! É algo mudável! Se um negro resolver que não quer mais ser negro, ou vira o Michael Jackson, ou procura a pasta do Cirilo, ou me procura pra gente falar alguma palavra mágica juntos e mudarmos de cor! – Pausa pra uma história: eu tenho uma amiga negona que, quando era criança, achava que as pessoas escolhiam a cor que seriam quando crescessem, e ela queria ser rosa!

Gordo é sinônimo de alegria, de bom humor, de sorriso largo, de pança chacoalhando, de juntar todos os amigos (para comer)! O problema é quando não riem com a gente, mas sim, da gente: Quando um playboy que acha que é dono da balada e acha que a gordinha dançando toda feliz é uma atração de circo e cutuca os amigos rindo! Tenho quase certeza que a mãe do playba é gorda! E o pai dele se apaixonou por ela da mesma forma e a única coisa que fizeram de errado foi ter tido um filho babaca!; Quando um gordo tá atravessando a rua e um carro acelera e o motorista grita “corre gordo!”!; Quando um gordo tá fazendo uma caminhada, porque foi ao médico e o mesmo disse que ele precisa fazer alguma atividade física se não quiser morrer com 40 anos, e passa alguém de carro e grita “precisa andar muito, gordo!”.

Às vezes a gente esquece que vocês não tem o mesmo espaço que nós temos para armazenar inteligência e é bem chato ter que lembra-los toda hora que nossa barriga é grande, mas temos rosto, cabeça, sentimentos, fome...

Mas, como nós somos gordos e temos um bom coração (no sentido afetivo e não de saúde), nós desculpamos vocês! Até porque, vocês não sabem o que é alguém se aconchegar, realmente, no seu abraço!

Dica da avó da semana: Esses gordos querem emagrecer porque são bobos! Não sabem que quando ficarem velhos, isso que vai salvá-los das rugas: ser gordo!

quarta-feira, 17 de abril de 2013

O que você acha...?

“Amiga, preciso comprar roupas, vamos comigo?”; “Esposa, tem certeza que não quer colocar sutiã pra ir na festa de aniversário do filho do meu chefe?”; “Marido, eu sei que você fez promessa de deixar a barba crescer até a final da Libertadores, mas o Palmeiras já foi classificado, não dá pra raspá-la pra sairmos com as minhas amigas da faculdade?”; “Filho, hoje nós vamos almoçar na casa da sua vó, mãe do seu pai, não dá pra você ir fantasiado de Cascão!”; “Mãe, preciso de um tênis novo, vamos ao shopping comigo?” – Ok, nessa última situação você não está interessado na opinião dela e sim no cartão de crédito!

Aaaaaaaah a opinião dos outros! Nós fingimos tão bem que não nos importamos com ela quanto o comercial da Dolly finge que o produto é bom!!! Na verdade, nós mudamos de ideia quando nos convém: se vão falar bem, se vão elogiar, se vão falar algo sorrindo, levantando os ombros e deitando a cabeça pro lado direito, nós adoramos a opinião alheia! Se vão criticar, se vão contra o que estamos fazendo, se vão falar que engordamos, se vão arquear a sobrancelha e olhar com cara de “não faz isso”, nós queremos que a opinião pública vá às favas!!

Mas todo mundo, no fundo, no fundo, se importa! Por exemplo, quanto tempo você levaria pra apresentar pros seus amigos um namorado que usa um bigodinho estilo Naldo? Se sua namorada é fã de Calypso a ponto de se vestir como a Joelma, quantos aniversários da família você esconderia dela? Se seu nome fosse Astêncio José, como você se apresentaria pras pessoas? Quantas vezes você não ligou prazamigas antes de uma festa pra saber com que roupa iriam e quais sugeririam pra você? Quantas vezes não perguntou pra sua irmã se a sua roupa estava boa antes de sair com uma mina? E o medo de alguém pegar seu fone e descobrir que você está ouvindo Cristiano Araujo?

A gente se importa, a gente faz pose, a gente desativa o “Exibir informações sobre músicas do Windows Media Player como mensagem pessoal” do MSN quando estamos ouvindo Chiclete com Banana, a gente coloca uma capa preta na biografia da Mariah Carrey quando vamos ler no metrô, a gente pede pro namorado raspar o bigode, a gente peida e finge uma tosse...

Eu me importo... me importo quando meu cofre aparece, quando estou com “Tira a calça jeans, bota o fio dental...” na cabeça e cantarolo na frente dos outros, quando subo quatro degraus e fico bufando quase tendo uma parada cardíaca, quando finjo que estou falando no celular para ignorar alguém desagradável e o telefone toca, quando rolo um lance de escada no metrô Ana Rosa em horário de pico... vamos fingir que estamos no Esquenta e vamos fazer camisetas admitindo que nos importamos a ponto de não sairmos de pijama de casa!... tá, eu saio de pijama de casa, mas me importo se estou com o suvaco suado!
Antes que vocês invadam meus e-mails, minhas redes sociais, a caixa de entrada de SMS do meu celular, me falando o que pensam a meu respeito, é importante deixar claro: eu me importo com a sua opinião, mas não a pedi!  

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Oi, o cachorrinho tem sobrenome?


“Ah, a Camila tá gorda!” Foi assim que eu descobri que a cachorra da namorada do meu primo tinha o meu nome! Eu, com os olhos arregalados de espanto, como se dizendo: Beleza, eu sei, mas não precisa falar assim sem nenhuma compaixão! E a cachorra deitada me olhando de rabo de olho, como se dizendo: eles também estão falando de você!!!

Tem gente que desde criança pensa no nome que vai colocar no filho, mas quanto tempo as pessoas levam pensando no nome que vão colocar no cachorro? Fui fazer uma pesquisa exaustiva sobre o assunto jogando no Google “nomes de cachorro” e a primeira página que aparece diz: Nomes para filhotes! O que isso significa? Que os nomes que estão lá só podem ser usados para cachorros-bebês? Depois que eles crescem precisam mudar de nome? É tipo: Felipe, Natalie, Rafaela, Enzo? Nomes que as pessoas só usam em crianças e adolescentes e depois que ficam velhos usam codinomes tipo: João, José, Lídia, Guiomar, Lourdes?

Acho muito legal cachorro com nome de gente, mas piro realmente em cachorros que tem sobrenome! Você vai visitar uma amiga da sua vó (a qual, provavelmente, deve se chamar Rute ou Marta) e um poodle que já não enxerga de um olho esbarra em você no meio da sala, enquanto você abaixa pra afagá-lo, a senhorinha fala: Ah, falando oi pra moça né Dimitri Pacheco?! Aaaaaah eu acho o máximo! Acho o maior respeito do mundo para com o animalzinho!

Gosto também de animais que tem nome de outros! Por exemplo, eu queria muito ter um dálmata para chama-lo de Pinguim! Uma amiga já quis ter um gato para chamá-lo de Papagaio! Será que eles tem crise de identidade e qualquer dia meu dálmata estaria de fraque? Acho que o que deve confundir ainda mais a cabeça dos pobrezinhos é quando cada dono os chamam de uma forma: o nome da cachorra é Floribela, a mãe a chama de Belinha, a filha chama de Flor, o pai, de Neguinha, o irmão de Floribela e a moça da limpeza, de Vai-cheirar-a-bunda-da-sua-mãe!

E quando a pessoa tem nome de cachorro? Você está lá toda entretida na conversa com o motorista do taxi e ele fala que está muito preocupado porque a Melanie caiu do sofá. Você tenta consolar falando que cachorro é acostumado a cair, que são sempre desastrados e que não vai ser nada grave e ele te conta que Melanie é a filha dele!

Já tive cachorro chamado Raio, Bidu (Originalidade, nota: dezpontozero!!), Pink, Bruce... mas meu sonho de criança é ter um Pug para chamá-lo de Francisco Cuoco! Ele não tem cara de pug??

Para encerrarmos esse texto tão cheio de lições sobre a vida e a explicação de onde viemos e para onde vamos, vou deixar com vocês essa dica importantíssima de um site com uma lista de sugestões de nome para o seu cachorrinho (seja ele filhote ou idoso – fiquei com bronca daquele site preconceituoso que só sugeria nomes para filhotes!): “Muitos donos, quando compram (nota da autora do blog: ADOTAM) o seu cão, têm dificuldade em escolher um bom nome para ele. O nome de um cachorro é muito importante, além de ser o nome através do qual as pessoas interagem com o cachorro (nota da autora do blog: AH VAH!), ele também influencia a maneira como os estranhos vão ver o seu cão. Um cachorro com nome “Fluffy” ou “Totó” tende a receber respostas mais amigáveis de pessoas estranhas do que um que se chame “Feroz” ou "Matador" por exemplo.”

Mas se você tiver um Dogue Alemão e colocar o nome dele de Fluffy, ele vai sofrer bullying! Assim como se seu Lulu Da Pomerânia chamar Matador, vão rir e muito dele!