Tem uma mulher que trabalha comigo que diz que o que ela
pensa é só o que ela pensa! E é verdade! O que ela pensa é só o que ela pensa e
o que eu penso é só o que eu penso! E esse post é sobre algo que eu penso, que
desejo e que gostaria muuuito que não fosse tão irreal!
No último domingo tivemos em todo Brasil e fora dele a maior
manifestação sobre a insatisfação do povo com o governo! Muitas pautas são
colocadas e reivindicadas. E eu fui! Porque? Porque sou coxinha, classe
média-alta que acha que tudo vai se resolver com o impeachment (acabei de
descobrir que sei escrever impeachment sem olhar no google! O próximo passo é Schwarzenegger).
Não gente, eu não sou nada disso! Eu também não endeuso Sérgio Moro, acho que
ele só está fazendo o trabalho dele e não há nenhuma medalha por isso (se
existir, estão me devendo algumas nesses 13 anos de trabalho e a quase todos os
brasileiros também). Não sou a favor de Bolsonaro, acho que o Alckmin (descobri
que Alckmin eu não sei escrever) está se escondendo feito cachorro que rasgou o
travesseiro e está olhando de longe a “mãe” brigando com outro cão e
torcendo pra ela não ver o pedaço de espuma na boca dele! Não quero a ditadura
de volta e menos ainda a eleição do Aécio! Então porque eu fui pra Paulista?
Eu fui porque eu quis, de verdade! Fui porque eu senti a
necessidade de ir e ver de perto o que estava pegando! Não queria que ninguém
me contasse!
Vi gente pedindo a intervenção militar e sai de perto bem rápido
com medo de alguém achar que eu compactuava com aquilo! Vi um cara em cima de
um trio incitando a violência, dizendo que um cara que não concordava com ele
cantar músicas em inglês devia ser petista! Vi gente erguendo uma escultura do
Sérgio Moro para reverenciá-lo todos os dias às 15h27! E na televisão vi
entrevista de gente que não fazia ideia do que estava fazendo ali (colocaria o link do vídeo aqui se eu não
tivesse vergonha)!
Fiz a caminhada quase toda em silêncio! Abria a boca somente
para cantar o hino nacional! E durante a falta de barulho na minha cabeça, fui
pensando que minha esperança para a correção do Brasil nessa geração acabou! Acho
que, se há na política alguém que possa dirigir o país com honestidade, corre o
risco de ser corrompido assim que chegar no poder! Ah, o poder, que droga
pesada essa que vicia quase 100% dos que experimentam!

Precisa ensinar tolerância! É uma educação que vem de casa?
Sim! Mas vocês já pararam pra reparar o bando de adulto babaca que nos tornamos
(ok, alguns! Não me encham! Mas você jamais vai admitir que é babaca)? Será que
os professores podem nos salvar? Será que eles merecem essa responsabilidade? Acho que não totalmente! Acho que devemos ensinar a tolerância em casa! Não ensinar que a cor vermelha merece a pena de morte, ou que menina lava e menino troca a lâmpada, ou que branco é uma cor aceitável para pessoas de cargos altos enquanto uma babá negra sofre preconceito porque acham que ela sofre preconceito por ser negra, ou que o diferente é feio, o diferente é só diferente e mega ok isso!
Devemos ensinar nossas crianças que aquela pessoa que está governando o estado ou o país está lá porque a maioria votou nele. Mas isso não quer dizer "impunidade"! E também não quer dizer que por ser uma figura pública que está fazendo merda, merece xingamento! Muito menos quando pensam que qualquer coisa no feminino é um xingamento! Pelo contrário, devemos ensinar respeito! Mas não conformismo! É uma balança difícil de equilibrar, mas fica ainda mais impossível se não fizermos nada, se não começarmos por algum lugar!
E o que você pensa é só o que você pensa, mas tente pensar com a sua cabeça! Não repasse informação sem checar, não repita algo que você não sabe no que foi baseado, não concorde com figura pública porque simpatiza com ela, não acredite em tudo o que dizem só porque está no jornal. Busque se informar e formar sua própria opinião! Mas isso não significa que ela é a verdade absoluta e o mais correto posicionamento sobre algo!