Se eu acredito que o mundo vai acabar daqui 3 dias? Não, mas
já me preveni e só comprei coisas a prazo com o primeiro pagamento para
janeiro! E se o Silvio Santos vier a falecer até o dia 21, pode ser que eu
compre um helicóptero para dar uma voltinha e ver todas as pessoas queridas,
sem me preocupar com as parcelas que não precisarão ser pagas.
Mas, uma coisa é certa, as pessoas para quem o mundo
realmente acabou em 2012 fizeram muitos jovenzinhos pensar que o fim está
próximo (música de suspense, por favor)! Em janeiro morreu Marcelle Narbonne,
profissão: supercentenária (juro, isso tá escrito na Wikipedia). Nasceu em 1898
e viveu quase 114 anos para morrer antes de saber se seus colegas de classe
estavam certos quando fizeram umas contas e disseram que o mundo acabaria em
2012!
Em fevereiro perdemos o rei das calcinhas Wando e a rainha
dos que gostariam de usar calcinhas, Whitney Houston! Em março nos despedimos
não de uma pessoa, mas de muitooos personagens com a partida de Chico Anysio e
de Millôr Fernandes (o qual eu acabei de ficar sabendo! Tamo junto Millôr – ou melhor,
vamos ficar daqui 3 dias)! Ah, não sei o que faz um Locutor de Turfe, mas no
dia 17 de março morreram dois, então deve ser uma profissão de risco!
Em abril o samba ficou mudo com a partida de Dicró! Em maio
foi a vez da música sertaneja silenciar (não comemorem ainda, ela voltou logo
em seguida), morreu o Tinoco. Em junho Erik Rhodes, um ator pornográfico,
morreu de ataque cardíaco (sexo seguro também inclui fazer exames periódicos do
coração). Em julho morreu mais um supercentenário: Shelby Harris. Em agosto,
Neil Armstrong voltou para além da Terra.
Em setembro o Brasil e o mundo se despediram da gracinha Hebe
Camargo. Em outubro partiu a Regina Dourado, para confundir o Faustão e fazê-lo
matar a Regina Duarte. Em novembro o
ator Marcos Paulo – charmosíssimo – foi encantar outras fãs em outros lugares,
e também Joelmir Beting se foi antes de ver o seu Palmeiras na segunda divisão!
E dezembro já começou nos assustando! Enquanto os jogadores do Tigre pensavam
em formas de torturar os jogadores do São Paulo – tipo, lembrando da morte de
Whitney Houston – morria o cuidador de dinossauros Oscar Niemeyer. Aí o baguio
ficou doido e o fim do mundo pareceu mais próximo.
E depois que isso aconteceu eu estava conversando com um
grande amigo e entre xingamentos e discussões sobre futebol, falamos
sobre a nossa morte. Assunto saudável do tipo “O que você colocaria na sua
lápide?”. Eu, sinceramente, acho que não quero nada! Mas nada mesmo! Nem data
de nascimento e data da morte! Para que as pessoas desocupadas que ficam
andando pelo cemitério – tipo eu – não parem em frente ao meu jazigo e façam
contas para saber com quantos anos eu morri - tipo eu - e não desperte comentários do tipo “Nossa,
tava na hora! Essa aí já tava fazendo hora extra!” ou “nossa, tão nova? Acho
que foi overdose!”.
Esse meu amigo deve ter mais tempo ocioso que eu e pensou em
coisas mais originais para se escrever em uma lápide: “dois pra frente + dois
pra trás + Soco Forte = HADUCKEN!” ou “Agora eu não atraso mais!” – o que, no
caso dele, faria as pessoas ficarem felizes com a sua partida! Porque eu já
fiquei esperando-o por mais de duas horas (nessas horas eu queria saber dar Haducken de verdade)!
Mas, se o mundo acabar mesmo, nem teremos lápides! Nem
jazigos, nem dívidas (uhuuuu!!!)!

Se tiver ideias mais legais para uma lápide, deixe sugestões
nos comentários pra eu poder copiar, caso sobrevivamos ao dia 21! Se ficarmos
no mesmo cemitério, só indico: idem à lápide do segundo jazigo à direita na
terceira rua depois da sepultura em formato de igreja com os vidros quebrados e
flores artificiais.
Um comentário:
Sensacional, como sempre.
Amazing, as usual.
Sensacional, como siempre.
Sensazionale, come sempre.
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