terça-feira, 4 de junho de 2013

Tá rolando agora é uma partida de FUTEBOL!

Estava passeando por ai e por aqui e descobri algo terrível: nunca falei de futebol aqui! As pessoas que já me xingam mentalmente – ou abertamente – no Facebook por eu achar que trabalho como comentarista esportivo de alguma rádio amadora do interior do Acre podem ficar tranquilas, não vou comentar nada, não vou me vangloriar porque o meu time acabou de ganhar do Avaí, não vou fazer suposições pessimistas ou otimistas a respeito da Copa, não vou falar que é um absurdo o preço do ingresso da série B, não vou comentar sobre a barriga do Ronaldo ou sobre a vida do Neymar na terra das touradas! Vamos conversar sobre as coisas malucas desse esporte que é a 2ª paixão nacional, logo após o Silvio Santos (amor eterno)!

Eu gosto bastante dessa baderna desorganizada de cadeiras numeradas que ninguém sabe a numeração, de sol batendo na cara e deixando a marca do óculos, de bandeirão subindo e levando com ele o aroma delicioso de suor guardado, de gente chutando sua canela quando quer passar pra ir ao banheiro, de gritos e mais gritos e braços levantados e a maior concentração de xingamentos de todos os tipos: O Estádio!
Esse último sábado eu fui, mais uma vez, gritar “defesa que ninguém passa” na arquibancada enquanto meu time tomava um gol do América! Deixando esses pequenos detalhes de lado, ali todo mundo vira técnico, gente formada em Biologia entende mais de posicionamento em campo que qualquer técnico que trabalha com isso há anos! Qualquer vó sabe o grito: “Eeei juiz... te amo pra chuchu!”! O cara que estava atrás de mim deve ter aprendido futebol na cadeia, porque só sabia gritar: QUEBRA, QUEBRA ELE! FAZ A FALTA! FAZ A FALTA!
Gente vendendo água, mate, sorvete e amendoim passam por cima de você como se você fosse uma lombada! E o que está com amendoim grita desde o dia anterior: 3 é 2, 3 é 2, 3 é 2!!!!! Aí um abençoado pergunta “quanto é?”, o que vende sorvete diz que tem de coco, limão e chocolate e uma criança quer porque quer o de morango! A água acabou antes de terminar o primeiro tempo e todo mundo passa a desejar o reabastecimento dos isopores mais que um gol! Tem família toda passando protetor, tem gente com o emblema do time tatuado na costeleta, tem gente bem bonita, tem gente bem do avesso! Tem as torcidas organizadas que ficam batucando os gritos já conhecidos por quase todos, cada uma em um tempo, cada uma gritando uma coisa diferente, mas juntas!
Os gritos das torcidas me fazem pensar porque todos os times precisam usar as mesmas músicas? “Festa”, “não quero dinheiro”, “oleeee colocaaquionomedoseutime”... E acho que elas deveriam abraçar mais as pessoas que estão indo ao estádio pela primeira vez e fazer mais aqueles corinhos que repetem: ipi IPI ipi IPI urra URRA!! Aí todo mundo participa! E o quanto os times rivais se provocam? Já disseram que não existe criança santista, não existe são paulino hetero, não existe corinthiano que saiba ler, não existe palmeirense – e ponto!
E quando termina o jogo e seu time ganha, é realmente uma festa! Todo mundo vira melhor amigo de infância, se abraçam sem se preocupar com os pelinhos molhados dos sovacos roçando no seu ombro, pulam sem pensar que seus peitos estão pique o da mulher da propaganda da  
Fiat, você inventa novas palavras e frases sem sentidos e as grita sem se importar se parece que você está tendo um ataque epilético! Seu time ganhou, mano! Dane-se o mundo, dane-se tudo, dane-se em que divisão ele está!
Mas e quando ele perde? Vira funeral, parece que todo mundo está acompanhando um caixão com todos os minicraques dos jogadores que estavam na partida dentro, dá vontade de morder a pessoa ao lado, todo mundo começa a reclamar do jogo, dos jogadores, do juiz, da cobrança de escanteio no primeiro pau, da mãe do goleiro, da política, das catracas do metrô, do tempo, e a parte que você inventa palavras continua igual!
Bom, o final da minha última experiência no sábado? Meu time perdeu pro AMÉRICA, sim, pro AMÉRICA! E minha mãe disse que nunca mais me busca no estádio na vida!

E como vai ser na Copa? Fácil: 32 seleções vão se enfrentar, divididas em oito chaves de quatro times, onde as duas melhores de cada chave passam para as oitavas-de-final, depois as que vencerem passam para as quartas, depois vem as semifinais e, por último, vão decidir quem vence!

Um comentário:

Anônimo disse...

Aaaaaaadooro um estádio! Mas, monga, vale a pena ne? Pegar o carro, engatar a SEGUNDA e ir...! ( ha ha) sdds! S2