sexta-feira, 18 de julho de 2014

Nasceram grudadas?

Atenção: Esse post tem como objetivo desvendar um mistério que tem assolado a humanidade desde que inventaram o banheiro privativo. É baseado em fatos e em uma pesquisa séria a todos os campos férteis da minha mente. Estou respaldada pela ciência filosófica de botecos para todas as conclusões a seguir.



Duas perguntas tem assombrado a cabeça das pessoas desde os primórdios quando se trata do sexo oposto: Porque os homens coçam o saco? E porque as mulheres não vão sozinhas ao banheiro? Como eu não posso responder à primeira pergunta e desconfio que a resposta seja tão simples quanto os possuidores do instrumento coçado – coçam simplesmente porque está coçando – me proponho a revelar esse segredo do sexo disfarçadamente frágil!



Tão “simples” quanto as mulheres, esse questionamento tem umas 82 possíveis respostas, mas acho que tem a ver com a função que a mulher desempenhava na pré-história: a de ficar na caverna, cuidando dos guris e não deixar nenhum mal acontecer! O homem que saía à caça do alimento! E quando eu estou em um ambiente que não conheço, não me sinto bem em sair pelo estabelecimento trançando as pernas de vontade de fazer xixi e caçando uma plaquinha com uma boneca desenhada – isso quando os lugares não tem a brilhante ideia de inovar e fazem um desenho abstrato na porta do banheiro. Por isso chamo uma amiga para passear comigo enquanto, disfarçadamente, eu procuro, rebolo, converso e choro porque tive uma breve visão da cozinha antes de chegar ao banheiro.



Mulher também chama outra para acompanha-la ao banheiro para segurar a bolsa, a blusa, a saia ou mesmo a porta porque não existe trinco – uma vez uma amiga já teve que ser a própria porta porque nem isso tinha (beijo Vique).

Mulheres lidam melhor com intimidade que os homens, por isso gostamos desses ambientes intimistas para conversar sobre bobagens do cotidiano que sabemos que os homens da mesa não querem ouvir. Se houver em uma sala 3 sofás e 4 mulheres, provavelmente elas se apertarão em um único, mulheres se apertam no banco de trás de um taxi, mas ninguém vai na frente, mulheres não convidam as amigas para jogar futebol – ou qualquer outro tipo de esporte – porque o campo é muito grande... convidamos para um barzinho em que uma mesa para 4 pessoas terá 7 em volta. E temos a vantagem que enquanto conversamos em um banheiro feminino não precisamos ficar ao lado de ninguém que tenta levar um pentelho até o ralo se utilizando de um jato de mijo! Banheiros femininos tem cabines privativas e deixam o restante do ambiente para esses encontros sociais!



Também levamos a amiga porque não conhecemos o espelho daquele banheiro, não sabemos como é a iluminação e precisamos de uma opinião confiável sobre nossa maquiagem. E também usamos roupas muito complicadas: parte da camisa fica pra dentro do cinto, parte pra fora da calça, o lenço precisa estar alinhado no pescoço, o decote das costas do body não pode estar torto, etc... e banheiros de locais públicos dificilmente tem espelhos para ver o corpo inteiro, então precisamos de uma ajuda para não entrarmos para fazer xixi parecendo a Tainá Muller e sair de lá feito a Louca das Pombas.



E sim, claro, nós fofocamos! Falamos mal da namorada nova do amigo que saiu com a gente, falamos da briga que rolou com o namorado antes de sair de casa, discutimos sobre um comentário desnecessário no Face daquela amiga da sua prima que não tem nada a ver com a gente, mas que gostamos de falar mal, falamos do garçom gatinho, falamos de um ex que tá ficando com uma menina zuada, falamos da implicância da mãe, da última roupa que compramos, da promoção daquela loja que a gente ama, da roupa da menina da mesa ao lado (normalmente quando a menina acabou de entrar no banheiro e nos pegou em flagra), falamos do cara do serviço que está dando em cima, da conversa séria que teve com o cara do serviço contando que você é casada, do vestido que a Fernanda Lima usou, do Rodrigo Hilbert usando nada, do esmalte que escolheu passar, de um casal de amigos que está em crise, resolvemos os problemas desse casal sem nenhuma dos dois estar presente, aliás, resolvemos os problemas de parte da humanidade menos os nossos!



Banheiro feminino é um lugar tão cheio de segredos bobos que os homens se disfarçariam de mulher para ouvi-los e virariam os olhos e bufariam pensando “mano, sério que é isso que elas falam aqui?! Mal sabem elas o que conversamos na mesa enquanto elas saem... e como podemos coçar o saco sem disfarçar!”

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